O operário norte americano Billy E. Hyatt alega, em um processo federal, que foi demitido da empresa em que trabalhava porque se negou a usar em seu uniforme uma etiqueta na qual estava estampada o número “666”, que é apontado no livro de Apocalipse como a “marca da besta”.
Segundo a CBS News, Hyatt afirma ter sido demitido por motivos religiosos de fábrica localizada na cidade de Dalton, estado da Geórgia.
Na Berry Plastics Corp., empresa em que o operário trabalhava desde 2007, os funcionários usam usavam etiquetas coladas ao uniforme indicando por quantos dias a fábrica não tem registros de acidentes de trabalho.
A preocupação de Hyatt, que disse ser um cristão devoto, começou no início de 2009, quando a contagem começou a se aproximar a 600. E quando chegou próximo ao número 666 o operário decidiu que não usaria a etiqueta, senão estaria “aceitando a marca da besta e seria condenado ao inferno”.
Hyatt afirma ter conversado com seu gerente sobre o assunto quando a contagem se aproximava do número 666 e que este garantiu que ele não seria obrigado a usar a etiqueta contra sua vontade e que, provavelmente, a empresa adotaria algum artifício para evitar a exibição do número; ou que provavelmente alguém sofreria um acidente antes que a contagem chegasse a 666. Mas, ao chegar para trabalhar no dia 12 de março de 2009, recebeu a etiqueta com o número e explicou novamente sua recusa ao gerente que, segundo Hyatt considerou suas crenças ridículas e o informou que a recusa seria punida com suspensão de 3 dias de trabalho.
Ele aceitou a suspensão, mas foi demitido 5 dias depois, quando o departamento de recursos humanos da empresa não aceitou sua justificativa para a sua recusa em usar a etiqueta.
Hyatt considera o caso perseguição religiosa já que afirma ter sido coagido a “abandonar suas crenças religiosas”.
O cristão agora move um processo contra a empresa junto ao Comitê por Oportunidades Igualitárias de Emprego, órgão da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio da Geórgia, no qual ele reivindica salários atrasados, e indenização por danos morais.
A Berry Plastics Corp. não se pronunciou sobre o caso e afirma que só precisará responder sobre o caso em juízo. A empresa perdeu na primeira instância do processo.
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